terça-feira, 23 de março de 2010

Egoísmo x Altruísmo

Após conversar com 2 pessoas as quais considero sobre este tema, ambas chegaram à conclusão de que os seres humanos são egoístas. Todas as ações que os seres humanos fazem são em benefício próprio. Outras mais, outras menos.

Existem pessoas que se preocupam somente com elas e não estão nem aí para os outros.
Existem pessoas que ajudam outras, mas no entanto, estão pensando que haverá alguma retribuição, benefício, reconhecimento social, enfim... estão pensando nelas.
Existem pessoas cuja felicidade está na felicidade dos outros, ou seja, se sentem bem ao ajudar os outros. Sentindo bem, estão fazendo para si, egoístas de qualquer forma.

O altruísmo então não existe? Eu que sempre me preocupei com os outros na verdade não passava de mais um egoísta pensando em mim?

Pesquisei, testei e levei esta questão ao ápice. Cheguei ao ponto de me prejudicar para ajudar os outros para encontrar uma resposta mas nada. Muito mais sábio é aquele que ajuda aos outros e a si mesmo mas... não deixa de ser um egoísta.

Na busca pelo altruísmo, a primeira resposta que encontrei visa ajudar a todos, tanto a minha pessoa quanto as outras. Fácil? Sim! Um simples ato é capaz disto. Mas vou utilizar como exemplo um grupo de pessoas com um objetivo em comum. Se o objetivo de todos for o mesmo, então tudo aquilo que você faz em direção a este objetivo, está ajudando aos outros também. Mas 100% disto só fielmente acontece na teoria.

Na prática, pessoas entram em um grupo por diversos motivos, alguns batem com os objetivos do grupo, outros não, outros são consequências, outros acasos. Mas enfim, usar o grupo para qualquer objetivo que não seja o objetivo do grupo seria já um start para conflitos e poderia até mesmo ser definido como corrupção. Partindo do pressuposto que todos possuem o mesmo objetivo o único debate em questão seria a melhor forma de alcançar os objetivos propostos pelo grupo.


Mas e altruístas como Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, entre outros? Uma lógica que tenho é a de que estas pessoas valorizam mais o grupo do que a própria pessoa. Pra mim estas seriam as pessoas mais lógicas e vou explicar porque. Se a minha pessoa tem o mesmo objetivo de determinado grupo, porque não ajudar o grupo ao invés de uma unica pessoa? É... diria que está um pouco mais perto do altruísmo.

Algumas pessoas chegam à conclusão de que a morte é a melhor forma de alcançar o objetivo proposto do grupo. Mártires são chamados. Se a minha morte for realmente ajudar o grupo, e a vontade do grupo é a minha vontade, porque não morrer? Morrer pela causa... tolice alguns diriam.

Por isso a importância de passar corretamente a visão e missão de um grupo, empresa, comunidade, etc.

A segunda resposta que encontrei é a que melhor se aproxima de um conceito de não-egoísmo porém não significa ser altruísta também. Não basta entendê-la, precisa senti-la e só então você será capaz de agir. Já li algumas pessoas tentando explicar este conceito, e eu vou tentar resumir do meu jeito: "Simplesmente flua. Fluir nada mais é do que a vontade pura do caminhar sem propósito".

É isso, estas foram as 2 Respostas que encontrei as quais melhor se encaixam para mim... se alguém aqui encontrou alguma outra resposta, sinta-se a vontade para expressá-lo.

Um comentário:

  1. Belas reflexões.
    Ainda acho q as pessoas são egoistas em suma.
    Porém, deve-se considerar que pessoas como São Francisco, e Madre Teresa, são excessões as regras. Economicamente falando (essa area eu sei q vc entende), eles são loucos. Filosoficamente falando, alcançaram um nivel acima da humanidade. Pessoas q conseguem controlar seus impulsos, desejos e egoismos, tem capacidade não apenas de se preocupar unicamente e incondicionalmente com os outros, mas também de se abster de suas principais necessidades. As mesmas coisas acontecem com martires, eles abrem mão da própria vida, e isso é a prova máxima de abstenção de seus próprios desejos e principalmente do desejo maior, viver.

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