quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Marxismo

O marxismo, termo adotado às idéias de Karl Marx em parceria com Friedrich Engels, foi baseado em três grandes correntes intelectuais já bastante desenvolvidas na Europa no século XIX. Apesar de chegar a uma conclusão de que o comunismo proposto por ele seja impossível de ser implementado, o alicerce de suas idéias e o desenvolvimento de várias delas são bastante sólidas e tem influenciado até hoje diversos ramos da filosofia, economia e política.

A partir da filosofia idealista alemã de Hegel, Marx não só compreendeu a análise dialética, como também foi a partir desta filosofia que adveio suas idéias a respeito do materialismo dialético e provavelmente sua mais brilhante sacada ao criticar e inverter a opinião de Hegel. Ao invés da realidade se fazer filosofia, Marx pregava que a filosofia precisava atingir a realidade.

A segunda vertente intelectual advém do estudo das teorias econômicas dos britânicos Adam Smith e David Ricardo. Através destes estudos Marx pode compreender melhor o funcionamento do sistema capitalista e ao utilizar estes conhecimentos e fazer um paralelo entre os diversos sistemas existentes até então (escravidão, sistema feudal e burguês) ele chegou a duas grandes idéias as quais continuam a repercutir no mundo inteiro até hoje: A idéia de “mais-valia", a diferença entre o valor da mercadoria produzida e o valor do trabalho realizado pelos meios de produção e empregados, e a idéia que Lênin acabou descrevendo como Materialismo Histórico, onde o modo de produção de uma época é a base originária de todas as relações sociais e históricas.

A terceira e última vertente intelectual deriva dos pensamentos socialistas utópicos franceses e dele ele extrai nada mais que aquilo que até então os socialistas haviam apenas idealizado e não sabiam como atingir, uma sociedade mais justa. Marx no entanto, de posse de um conhecimento sobre como a sociedade funcionava, pode então implementar e sugerir ações possíveis de serem implementadas para o caminho desta sociedade até então utópica.

Apesar das críticas de Marx contra a existência do modo burguês, o nosso atual capitalismo, diria apenas que ela redistribuiu o poder e que estas relações ficaram mais claras, nuas e cruas ao qual sou favorável. Marx cita também que o capitalismo criou o próprio monstro que irá destruí-lo, o proletariado, mas ao fazer isso ele nos dá a liberdade para escolhermos qual monstro irá nos destruir, ou seja, nos possibilitou escolher como serão nossas futuras relações sociais e de trabalho e se não o mudamos, é porque o sistema ainda é melhor que qualquer outro sistema proposto até então.

Como o próprio Marx cita, a história das sociedades que existiram até hoje tem sido a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burguesia e proletariado. Marx procurou encontrar o que havia em comum entre as diversas sociedades que existiram e a partir do problema sugerir uma solução. O comum em todas as sociedades encontrado por ele foi a divisão entre dominante e dominado e o comunismo sugerido por Marx se baseia na concepção de que não devemos explorar uns aos outros, consequentemente eles abolem todo e qualquer tipo de propriedade privada.  No entanto, uma sociedade onde todos são tratados igualmente é utópica, e vai contra a meritocracia a qual vem se demonstrando um sistema viável nos dias de hoje e também contra a natureza humana pois enquanto formos indivíduos e conosco trazermos nossas diferenças, haverão grupos e pessoas para serem classificadas, fazendo do comunismo uma linha de raciocínio mal-sucedida.

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