A ONU (Organização das Nações Unidas) foi criada oficialmente em 24 de outubro de 1945 com 4 propósitos principais: a manutenção da paz e da segurança internacional, o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, a realização de cooperações internacionais para a resolução de problemas mundiais seja de caráter econômico, social, cultural ou humanitário e o de ser um centro destinado à harmonização das ações dos povos com objetivos em comum. Na teoria é magnífico porém, como toda organização ela precisa de capital para o financiamento de suas ações e a partir deste ponto o ideal da organização passa a ser ligeiramente influenciado por interesses de seus financiadores tornando a organização menos eficaz e mais lenta no alcance de seus objetivos.
Para que possa atender a seus objetivos, a organização se estruturou em 6 principais orgãos, os quais 5 se encontram atuantes nos dias de hoje: A Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. Além destes, existem outras 17 instituições que tratam de questões relacionadas e mais específicas entre as quais, as mais conhecidas são a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Banco Mundial e a Organização Mundial de Saúde.
Criada sobre fundamentos e aprimoramentos provenientes da antiga Liga das Nações, uma prévia tentativa da ONU fracassada devido à impossibilidade de impedir a II Guerra Mundial, o maior benefício trazido pela ONU é o canal de comunicação que ela proporciona entre os países, assim conflitos e problemas de uma nação podem ser expostos a todos e uma solução para estes encontrada após sugestões filtradas por diversos pontos de vista, contribuindo assim para uma tomada de decisão mais efetiva. Desta forma, o posicionamento tomado pela ONU em qualquer ponto possui enorme impacto por ser a opinião do mundo e nenhum país individualmente gostaria de se encontrar posicionado contra.
Um dos alicerces para o funcionamento da ONU é a sua não-intervenção em assuntos nacionais de cada país, o que restringiria sua tomada de ações para a área diplomática fornecendo conselhos, acordos e mediações entre os países, não fosse a exceção do Conselho de Segurança que possui o poder de contrariar este alicerce em casos excepcionais através de intervenções militares, sanções econômicas e outras medidas. É nesta exceção que se encontra muitos dos dilemas, críticas e questionamentos sobre a eficácia da ONU pois, ao ter o poder de atuação ela é muitas vezes criticada mais pela passividade que pela atitude diante de conflitos ao redor do mundo como na Guerra da Bósnia em 1992, no genocídio de Ruanda em 1994 e na invasão dos EUA ao Iraque em 2002.
Não existe somente uma causa para a passividade da ONU, mas um dos principais entraves é a divergência de opiniões entre os países participantes do Conselho de Segurança. Sendo assim, o principal desafio do secretário-geral da ONU – mais alto representante da organização – atual Ban Ki-Moon, se encontra em determinar os casos excepcionais e alinhar pelo menos a opinião dos 5 países com cadeira permanente no CS pois, qualquer ação proposta e não tomada somente reforça a imagem de inércia e incapacidade da organização.