sábado, 3 de novembro de 2012

O Papel da ONU


A ONU (Organização das Nações Unidas) foi criada oficialmente em 24 de outubro de 1945 com 4 propósitos principais: a manutenção da paz e da segurança internacional, o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, a realização de cooperações internacionais para a resolução de problemas mundiais seja de caráter econômico, social, cultural ou humanitário e o de ser um centro destinado à harmonização das ações dos povos com objetivos em comum. Na teoria é magnífico porém, como toda organização ela precisa de capital para o financiamento de suas ações e a partir deste ponto o ideal da organização passa a ser ligeiramente influenciado por interesses de seus financiadores tornando a organização menos eficaz e mais lenta no alcance de seus objetivos.

Para que possa atender a seus objetivos, a organização se estruturou em 6 principais orgãos, os quais 5 se encontram atuantes nos dias de hoje: A Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. Além destes, existem outras 17 instituições que tratam de questões relacionadas e mais específicas entre as quais, as mais conhecidas são a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Banco Mundial e a Organização Mundial de Saúde.

Criada sobre fundamentos e aprimoramentos provenientes da antiga Liga das Nações, uma prévia tentativa da ONU fracassada devido à impossibilidade de impedir a II Guerra Mundial, o maior benefício trazido pela ONU é o canal de comunicação que ela proporciona entre os países, assim conflitos e problemas de uma nação podem ser expostos a todos e uma solução para estes encontrada após sugestões filtradas por diversos pontos de vista, contribuindo assim para uma tomada de decisão mais efetiva. Desta forma, o posicionamento tomado pela ONU em qualquer ponto possui enorme impacto por ser a opinião do mundo e nenhum país individualmente gostaria de se encontrar posicionado contra.

Um dos alicerces para o funcionamento da ONU é a sua não-intervenção em assuntos nacionais de cada país, o que restringiria sua tomada de ações para a área diplomática fornecendo conselhos, acordos e mediações entre os países, não fosse a exceção do Conselho de Segurança que possui o poder de contrariar este alicerce em casos excepcionais através de intervenções militares, sanções econômicas e outras medidas. É nesta exceção que se encontra muitos dos dilemas, críticas e questionamentos sobre a eficácia da ONU pois, ao ter o poder de atuação ela é muitas vezes criticada mais pela passividade que pela atitude diante de conflitos ao redor do mundo como na Guerra da Bósnia em 1992, no genocídio de Ruanda em 1994 e na invasão dos EUA ao Iraque em 2002.

Não existe somente uma causa para a passividade da ONU, mas um dos principais entraves é a divergência de opiniões entre os países participantes do Conselho de Segurança. Sendo assim, o principal desafio do secretário-geral da ONU – mais alto representante da organização – atual Ban Ki-Moon, se encontra em determinar os casos excepcionais e alinhar pelo menos a opinião dos 5 países com cadeira permanente no CS pois, qualquer ação proposta e não tomada somente reforça a imagem de inércia e incapacidade da organização. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Guerra Civil na Síria


Entre as diversas revoltas em ocorrência no Oriente Médio, a que mais tem se destacado nos últimos meses é a da Síria que tem passado a envolver não só países vizinhos como também toda a comunidade internacional em um debate sobre sanções e intervenções ao país.  Rússia e China continuam por se oporem à intervenções militares propostas pela ONU por acreditarem que a solução para a crise deva ser comandada pelo povo sírio o qual faz sentido. Enquanto os países apenas observam desde o início, Bashar al-Assad, atual presidente da Síria, demonstrou ao mundo sua incapacidade em lidar com o conflito antes dela ter atingido proporções desastrosas e em governar o país ao acreditar que conseguiria resolver o conflito com a eliminação do exército rebelde.

A guerra civil começou em março de 2011 devido a uma manobra no mínimo pouco inteligente por parte de al-Assad: o uso de força para a repreensão de uma manifestação pacífica enquanto diversas rebeliões e reformas aconteciam entre outros países árabes. Como consequência, a multiplicação dos protestos em outras cidades, a deserção de diversos militares que eram contra o massacre dos civis e a reprovação de diversos grupos de direitos humanos.

Um dos motivos para Rússia, China e Irã não estarem posicionados contra o governo de al-Assad de forma mais incisiva e continuarem buscando soluções mais conciliadoras é a cooperação militar que eles tem no mar mediterrâneo através do arrendamento das instalações portuárias em Tartus para a frota naval. Interesse que indiretamente acaba sendo bom para a busca por uma solução mais pacífica. Além disto, estes países tem auxiliado o governo sírio através do apoio financeiro e fornecimento de equipamentos bélicos, ação que não pode ser contestada do ponto de vista humanitário por nenhum outro país visto que eles tem feito o mesmo em apoio aos rebeldes.

Às vésperas de um feriado muçulmano, os opositores do governo sírio aceitaram um cesar de fogo proposto pela ONU e pela liga árabe e até mesmo o Vaticano está demonstrando sua preocupação ao anunciar o envio de uma delegação ao país. Os refugiados em países vizinhos somam 200 mil, o número de mortos 30 mil desde seu início e a solução para o fim do conflito ainda continua longe de ser encontrada. Tudo isto terminaria com a simples renúncia de um homem, porém quaisquer que sejam seus motivos para não o fazer, devem ser mais importantes que o bem-estar de sua própria nação.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Marxismo

O marxismo, termo adotado às idéias de Karl Marx em parceria com Friedrich Engels, foi baseado em três grandes correntes intelectuais já bastante desenvolvidas na Europa no século XIX. Apesar de chegar a uma conclusão de que o comunismo proposto por ele seja impossível de ser implementado, o alicerce de suas idéias e o desenvolvimento de várias delas são bastante sólidas e tem influenciado até hoje diversos ramos da filosofia, economia e política.

A partir da filosofia idealista alemã de Hegel, Marx não só compreendeu a análise dialética, como também foi a partir desta filosofia que adveio suas idéias a respeito do materialismo dialético e provavelmente sua mais brilhante sacada ao criticar e inverter a opinião de Hegel. Ao invés da realidade se fazer filosofia, Marx pregava que a filosofia precisava atingir a realidade.

A segunda vertente intelectual advém do estudo das teorias econômicas dos britânicos Adam Smith e David Ricardo. Através destes estudos Marx pode compreender melhor o funcionamento do sistema capitalista e ao utilizar estes conhecimentos e fazer um paralelo entre os diversos sistemas existentes até então (escravidão, sistema feudal e burguês) ele chegou a duas grandes idéias as quais continuam a repercutir no mundo inteiro até hoje: A idéia de “mais-valia", a diferença entre o valor da mercadoria produzida e o valor do trabalho realizado pelos meios de produção e empregados, e a idéia que Lênin acabou descrevendo como Materialismo Histórico, onde o modo de produção de uma época é a base originária de todas as relações sociais e históricas.

A terceira e última vertente intelectual deriva dos pensamentos socialistas utópicos franceses e dele ele extrai nada mais que aquilo que até então os socialistas haviam apenas idealizado e não sabiam como atingir, uma sociedade mais justa. Marx no entanto, de posse de um conhecimento sobre como a sociedade funcionava, pode então implementar e sugerir ações possíveis de serem implementadas para o caminho desta sociedade até então utópica.

Apesar das críticas de Marx contra a existência do modo burguês, o nosso atual capitalismo, diria apenas que ela redistribuiu o poder e que estas relações ficaram mais claras, nuas e cruas ao qual sou favorável. Marx cita também que o capitalismo criou o próprio monstro que irá destruí-lo, o proletariado, mas ao fazer isso ele nos dá a liberdade para escolhermos qual monstro irá nos destruir, ou seja, nos possibilitou escolher como serão nossas futuras relações sociais e de trabalho e se não o mudamos, é porque o sistema ainda é melhor que qualquer outro sistema proposto até então.

Como o próprio Marx cita, a história das sociedades que existiram até hoje tem sido a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burguesia e proletariado. Marx procurou encontrar o que havia em comum entre as diversas sociedades que existiram e a partir do problema sugerir uma solução. O comum em todas as sociedades encontrado por ele foi a divisão entre dominante e dominado e o comunismo sugerido por Marx se baseia na concepção de que não devemos explorar uns aos outros, consequentemente eles abolem todo e qualquer tipo de propriedade privada.  No entanto, uma sociedade onde todos são tratados igualmente é utópica, e vai contra a meritocracia a qual vem se demonstrando um sistema viável nos dias de hoje e também contra a natureza humana pois enquanto formos indivíduos e conosco trazermos nossas diferenças, haverão grupos e pessoas para serem classificadas, fazendo do comunismo uma linha de raciocínio mal-sucedida.

A Relação da Turquia com os Países da Primavera Árabe

Ninguém imaginaria que o desesperado ato de atear fogo ao próprio corpo de um desempregado tunisiano como protesto contra as condições de vida de seu pais seria o estopim para um dos maiores movimentos desencadeados nos últimos anos, a Primavera Árabe. Este movimento, conhecido pelos protestos e manifestações dos países do oriente médio e norte da África, tem como objetivo questionar os regimes autoritários e centralizadores de seus respectivos países.

A Turquia tem uma história com os países da primavera árabe não somente por compartilharem a mesma religião, o Islã, mas também por terem já defendido uma mesma bandeira no passado, o império turco-otomano, que existiu entre 1299 e 1923. Império cuja queda final foi a perda da primeira guerra mundial. Com o fim da nação, os turcos se reorganizaram através da liderança de Mustafa Kemal Ataturk e formaram a República da Turquia. Entre os principais legados deixados por Ataturk podemos citar a instalação da democracia, o direito ao voto por parte das mulheres, a criação de um alfabeto turco baseado na grafia latina, a secularização e a política externa.

Os líderes da Turquia almejam que seu país sirva de inspiração aos países da primavera árabe e estão abertos a partilharem experiências em matéria de democratização, secularização, desenvolvimento institucional e de liberação econômica. Como prova disto, o presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, visitou em setembro de 2011 a Tunísia, o Egito e a Líbia.

Apesar da aproximação com estes países, a Turquia possui desavenças com alguns outros países que passam pela Primavera Árabe, como o Irã e a Síria. As relações entre Turquia e Síria pioraram consideravelmente após o incidente com o abatimento do caça turco em território sírio, as acusações turcas sobre o governo sírio de que eles estariam dando suporte ao PKK, organização listada como terrorista no cenário internacional e de declarações de apoio da Turquia ao fim do conflito sírio através da deposição do atual presidente Bashar al-Assad.

Já as relações com o Irã poderiam estar melhores, apesar da Turquia ter auxiliado o Irã na busca de um consenso com países do G5 sobre seu programa nuclear para fins pacíficos, o Irã se ressente da decisão turca de aderir à pressão dos Estados Unidos e hospedar uma estação de radar como parte de um sistema de defesa antimísseis da Otan.

Pelo modo como a Turquia tem conduzido sua política externa, pode-se dizer que ela tem seguido fielmente os preceitos de seu fundador, Ataturk, cujo ponto de vista era de que a política externa deveria estar em concordância com a organização interna demonstrada em sua frase que se tornou lema no país “Paz em Casa, Paz no Mundo”. Após o alerta dado aos antigos governos a realizarem reformas buscando consentir com reinvidicações do povo, a Turquia tem apoiado os movimentos de libertação deflagrados nos diversos países vizinhos. Independentemente da queda do governo destes países, quando a situação se estabilizar a Turquia definitivamente irá possuir uma influência gigantesca na região digna de como são denominados, pois “turk” na língua deles significa “forte”.


domingo, 30 de setembro de 2012

Momento da Vida

Neste exato momento, realizo ter determinado um objetivo grande o suficiente para fazer borrar as calças da maioria dos seres vivos. Apesar da preguiça, cada pequeno esforço e passo dado na direção deste meu objetivo me faz sentir vivo como nunca! Imaginem aquele frio na barriga ao descer uma ladeira ou quando o seu time vence o campeonato de forma dramática. Pois bem, sentir isso a cada passo dado é fantástico e por isso, desta vez nada de atalhos e caminhos curtos, vou viver.

A maioria dos meus posts seguintes estará relacionado ao meu objetivo portanto, o conteúdo do blog mudará um pouco.

Independência e Dependência

Cada movimento de independência é uma chance para tentar algo diferente, em meio a tantos erros, alguns acertos. O problema é reconhecer quem acertou com nossa ínfima visão e compreensão do mundo e determinar o porque.

O problema seguinte no entanto é ainda pior pois, quando reconhecermos será o fim de nossa liberdade e o nascimento de uma nova regra ou religião. Felizmente, a realidade está constantemente mudando, e nós devemos fazer o mesmo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Memoirs


An accord well played
After much effort and joyness
I heard it and felt its soul
I heard and saw a friend
I could fall in love

An innocent strong melody
to love it was right and wrong
Sorry my darling,
Truth I wanted to find

You were the only one
Strong enough to not fall
The only one I could trust
The one to teach me all

I knew you'd be fair
When time would come
Show me my mistake
Revenging no less, no more

Today I look back
Loving never was a mistake
The scar we gave each other
I'll keep it as a memento.